Ai Sol Que Saudade!
Ai Sol que saudade! Ai Sol que saudade!
Do velho Moinho Velho Do burburinho da estrada
Seja pelo evangelho Que nos leva à baixada
Aos domingos na missa, Às ondas do imenso mar.
Pelo sábado de "Sol" Da areia branquinha,
Ou a segunda de preguiça Dos rastros dos seus pézinhos
À sombra do flamboaiã Que deixa quando caminha
descansando com a Larissa E a água insiste em levar.
Ai Sol que saudade! Ai Sol que saudade!
Da sua saia plissada, Da rua dos Vergueiros
Da sua blusa engomada, Que foi rota rota de tropeiros
Da mochila cor de rosa. Onde passeiam os casais.
Das nossas fantasias, Caminhando sem pressa,
Dos bilhetes com poesias, Elevados na conversa,
Dos conselhos tão sábios Sm verem a hora passar
Da professora saudosa. Dando suspiros de ais.
Ai Sol que saudade! Ai Sol que saudade!
Do corre-corre na esquina, Dos bons tempos da fanfarra,
Do teatro, da Angelina, Do banzé, do agarra-agarra
Do Pedro e do João Vaz. Na rua dos coqueirais.
Da inocência da infância Que esse tempo inclemente
Da azaléia e da fragrância Leva os sonhos da gente
Que a nossa alma transporta, Sei lá para onde os leva,
Vira e mexe a mente traz. Sei que vão não voltam mais.
Gabito 22/09/10
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