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"SONETO DA MULHER AMADA"

Agirias, tu, como a última mulher desse mundo

Como se insensível, insensata (que não és) fosse

Depois de jurar-me o amor mais profundo

Em ação cruel, tiraste da minha boca o doce

 

E parti, sem rumo, em direção ao horizonte

Tateando, buscando o que você me trouxe (se trouxe)

Como se buscasse beber água na mais seca fonte

E nada encontrei, me restou apenas o coração vazio

 

Lembranças do perfume e do lençol macio

Das caricias trocadas em noites mil, coisa e tal

Pendurada em meu pescoço, como gata no cio

 

Eu então rasguei fotos, cartas e todos os bilhetes

O choro, a angustia, então, a quase passar mal

Pois sois o meu sol, meu ar, minha vida, ”amore mio”

 

RENÉ CAMBRAIA

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RENÉ CAMBRAIA ESCRITO POR RENÉ CAMBRAIA Escritor
Maceió - AL

Membro desde Dezembro de 2009

Comentários

Cida Lima
Cida Lima

Belissímo!!! Espero que esta mulher volte a aquecer a vida deste talentoso poeta, e inspirar sonetos tão belos quanto este. Sucesso!

Leonardo Bomfim
Leonardo Bomfim

Muito bom, muito lindo teu soneto. Parabéns.