A vida... nem o tempo é capaz de parar

Eu vejo a vida passar em apenas um milésimo de segundo,

A vida que escorre entre dedos, sobressaindo-se em segredos,

O tempo que enxuga e encurta-a,

Purificando ou atordoando em cada manhã.

Os olhos que vem da janela, ou a porta que abre na rotina de viver,

Os versos que sai da consciência de um poeta, 

São os mesmos versos derivados de um querer.

A rotina da vida que se move sem sessar.

O desejo de viver ou o desejo de morrer,

A cortina que se abre e fecha,

A solidão que vai embora com a chegada de um amor,

A felicidade compartilhada,

As metas e os sonhos.

A busca incessante que o ser humano tem por um ideal,

Ideal que completa-o ou não.

A ficção, o desapego, a amplitude do pensamento,

O desdobramento de um tempo, tempo, tempo.

Essa é a vida que se leva sem pausar,

Porque o tempo nunca há de parar,

Que a água nunca há de apagar,

O fogo que o ser humano tem de viver.

                                                                                                 Edivanda Rodrigues