Moribundos no porão

            “A paranóia é o pior meio de descrever alguma coisa”. Agonizante e eterno no meio dos corredores provados, mas, desprezados. Alguém teria que investir mais naquilo que não ficou totalmente explicado, alguém deveria ser mais cauteloso com aquilo que não imagina o que seja.

“Há uma equipe não unida que faz os gostos dos unidos”. Controvérsias entre saber alguma coisa e ficar calado por não saber de nada. “A pior hora pra se dizer adeus é aquela em que você acaba de chegar”.

O pior motivo que eles encontraram foi desistir mesmo sem perseverar.

Naquele escuro tão melancólico sem palavras de conforto, sem ação mútua, mas nenhum deles dá o braço a torcer. Você lembra de tudo que passou e tenta mudar o que viveu justamente no momento em que está com as forças no último degrau que está ao contrário.

Mas o que eles farão?

A morte misteriosa, insuportável, deixa alguns viverem um pouco mais e isso não depende de seus poderes finitos. Mas, “não há trabalhadores que não tenham laborado infinitamente que não mereçam um descanso”. 

A despedida não é das piores. Tem momentos que eles conversando entre si pediram desculpas uns aos outros. Por que deixar para se arrepender quando o último navio passar?

Por que chorar a primeira vez se essa também pode ser a última?

Você tem tantas escolhas, por que não escolhe algo melhor?

Talvez quem sabe por um acaso o caso não traga casos melhores. Pense na reflexão um pouquinho mais, atrás da parede há outra parede, sua chance de mudar o mundo é agora. Amanhã... Amanhã o porão dos moribundos te aguarda de braços abertos, sorrisos falsos. Te oferecendo uma oferta prejudicial, enganosa, doentia psicologicamente.

Você não percebe o tempo que está congelado, mas sentirá o calor mortal duma morte que talvez você mesmo tenha procurado e por algum motivo no fim do caminho você chorará como nunca chorou.

Uma propaganda linda com um fim horrível. Saia desse buraco que você se esconde, abandone sua caverna antes do chamado e venha viver, a verdadeira vida.