Borboletas negras

            Tão além das marés flutuantes que ameaçam intrusos sem delicadeza. Cavaleiros lutando o dia inteiro no gramado com espadas afiadas contra seu inimigo mortal. Um conjunto feito em forma de exército ameaça uma nação com população semelhante ao conjunto criado pelos gafanhotos.

As cores mais conhecidas se tornam as mais bem elaboradas quando o tempo se fecha trazendo seus desafios contra as jogadas mais especiais dos jogadores treinados para suportar as maiores dores.

Homens vestidos de brancos com armaduras vermelhas e símbolos desconhecidos em suas costas. Quando se observa ao longe aquele exército vindo contra você a sensação não agrada, mesmo estando vivo você sente que por dentro já morreu e não sabe.

Como um cristal quebrando, como o telhado frágil que o vento levou. Como a tempestade que ilumina os quartos mais pessoais causando temor naqueles que participam mesmo sem querer.

Você não tem o tanto que deseja, mas quando tem não se satisfaz. O segredo do desconhecido é resistente. Aquelas paisagens belas sempre vão oferecer presentes valiosos, a gratidão ficou esquecida quando a vida ficou inteiramente preenchida.

As asas mais invejadas são aquelas que não terão um final, as borboletas mudam seus corpos tão pequenos e tão simples, mudam de casas, mudam seus rumos, mas não mudam suas personalidades.

Há quem julgue mesmo sem ter asas, dizendo que os alimentos mais doces são os mais indesejados. Parece que eles andam com os olhos fixos em outras direções e falam sobre o aspecto invejável de cada borboleta escura. Suas forças não serão extintas e suas famílias viverão até que o mundo possa ter um final.

Se você não tem um lenço você chora. Se você tem um lenço, suas lágrimas não caem. Obscuridade, secreto é o caminho com ruas longas e escuras. Grupos são desfeitos, parcerias são acabadas.

Aqui mora o mistério que não será desvendado tão cedo. E os segredos mais guardados serão revelados no dia em que todos entenderem os sinais claros num mundo tão temido.