Peixes voadores

            Errado, confuso, esplêndido, contrário, absurdo. Você pensa como quer, viaja no pensamento nas maiores dimensões do universo sideral. A correnteza aparece fortemente derrubando os mais fracos. As águas são muito fortes no mesmo sentido em que chegam elas também saem.

Mas, eles não morrem sem lutar, suas vidas estão sempre em perigo, não usam armas, não fogem da ameaça inimiga.

Estão prontos para mudar seu modo de vida. As comportas estendidas se movem, o fluxo parece mudar e de novo a chuva vem de longe para o evento mais charmoso, perigoso e brutal.

Você convidaria um inimigo para a sua festa? Arriscaria perder um grande momento por uma causa que você mesmo talvez tenha causado? Faria tudo para que o normal voltasse depois?

Não seria fácil, nunca será fácil andar nas teias que as aranhas criaram, há armadilhas para os melhores peixes, há fontes pequenas para os predadores que estão esperando por milagres engenhosos.

Deixaria seu inimigo dormir ao seu lado?

E como faria se ele te pedisse ajuda?

Há seres que voam ao infinito para pedir perdão por causa dos espinhos de aço que deixam na pele de alguém. Os peixes estão dormindo agora, já é noite e os fluxos das águas agitam suas vidas mesmo quando estão dormindo. O inimigo se aproxima sem piedade, sem coração, um ser daqueles que olha para fazer o mal e sorri com o ódio eterno no coração.

 Ao chegar bem devagar arrasta milhares de peixinhos para dentro de sua boca. Ele á malvado? Não! Ele está além do mal, não há nome para um ser dessa forma. Os mortos mostram suas honras, mesmo depois de mortos continuam com os olhos bem abertos.

Acaso do caso? Não! Os seres mais honrados morrem por uma boa causa e os assassinos morrerão sem piedade ou bondade, pois, nunca tiveram.