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A duplicidade que não quero.

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A manga da camisa

não me dar água na boca,

a pasta da cocaína não

me serve para escovar os dentes,

a pobre da passarinha do boi

não namora meu bem-ti-vi,

já não será do meu feitio

engolir o que mastigado foi.

Se a duplicidade das palavras

fosse mera fantasia,

talves a cana da cachaça

não faria parte do meu passado.

 

 

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Rodrigo silva ESCRITO POR Rodrigo silva Escritor

Comentários

Ron Perlim
Ron Perlim

Somos seres dualistas. Estamos sempre no isto ou aquilo (emprestado de Cecília). Há momentos que a manga está no pé outras não e a vida segue. Entre tantas, as melhores devem ser escolhidas.