Permanência
Aqui eu fico
O eu que foge do leão (etéreo), que rosna
Viva!
Morna!
Atravessando paredes
Entreabrindo as portas
Das tantas almas que me fugiram.
A brisa do rio soprando os meus cabelos...
Enchentes derrubando muros...
Formigas devorando a horta...
Nos peitos párias o canto da pátria
O relógio parado na biblioteca ...
Tange os ponteiros, a hora é morta.
Aqui eu fico!
Passo!
Deixo um pedaço.
É inato. Ser muitas.
E eis um fato: ainda é meu !
Só meu...
Esse pensamento divino de ti.
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