Nossas vírgulas
Ao lado, o caldeirão,
quente, fora e dentro.
Ao lado, o ingrediente,
morno, ainda vivo – eu.
Acima, uma imensidão,
vaga, misteriosa, à minha espera.
Abaixo, o desconhecido,
talvez quente, talvez gélido...
Eles me esperam!
Talvez eu vá, talvez eu chegue,
Ou de repente desista.
Não há mais ponte!
Não há mais via!
À minha frente,
a sua fronte...
Talvez afronte,
Não mais a vejo...
É mais um dia.
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