Tem pó
Leva um tempo pra ter pó
O que tem pó, teve tempo
Pode alguém viver só
Só, ouvindo o som do vento
Penso em liras, olhando lírios
Sentindo o som dos rios nas têmporas
Ouvindo o bater dos próprios cílios
Ou o som do nadar das anêmonas
Nem ao menos do lugar saem
Paradas no tempo, mas não tem pó
Nem predadores atraem
Nem por isso vivem sós
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bela reflexão sobre o tempo e a necessidade de ser um desertor da solidão: da necessidade, que temos, de ser sempre prisioneiros da companhia do amor.