"OS INOCENTES CAETÉS E A HISTÓRIA QUE FOI CONTADA".
"OS INOCENTES CAETÉS E A HISTÓRIA QUE NÃO FOI CONTADA".
Quando o rio São Migue foi descoberto por Américo Vespúcio e Gonçalves Coelho. Os navegadores encontraram nas margens do rio fluvia um grupo de nativos da nação dos caetés. Conhecido também pelo pseudônimo de Senambys ou Sinimbys . Que significa na língua Tupi - Guaraní (Calangos Verdes).
Os indios caetés habitavam todo litoral alagoano. Mas foi aqui em São Miguel que eles ficaram imortalizados na historiografia de Alagoas e do Brasil. Pelo fato deles ter saciado o bispo Dom. Pero Fernandes Sardinha. Este episódio aconteceu quando a Nau de Nossa Senhora da Ajuda naufragou na foz do rio Coruripe nos baixos de Dom. Rodrigo. O bispo e mais três tripulantes da navegação conseguiram chegar a nado até às margens da foz do rio São Miguel entre Barra de São Miguel e Roteiro. Na navegação ia dois índios da Bahia e um sacerdote que falavam a língua Tupi.
Nesta época o distrito de Barra de São Miguel pertencia à São Miguel. Atual municipio de São Miguel dos Campos.
De acordo com a história! O banquete do bispo foi realizado defronte a igreja de Santa Ana localizada na Barra de São Miguel. Inclusive no local onde o bispo foi assassinado e devorado existe um círculo que nunca nasceu um pé de mato. Provavelmente o lugar onde aconteceu o episódio em 16 de junho de 1556.
Segundo os historiadores o bispo viajava da Bahia com destino a Lisboa afim de contar ao rei às arruaças praticadas pelo filho do donatário da província da Bahia Duarte da Costa. Pois Álvaro da Costa o filho do governador estava matando os índios e se aproveitando sexualmente das índias.
Sabendo do naufrágio! Duarte da Costa enviou um contingente de soldados baianos homens para matar o bispo.
Depois ele mandou um emissário para Portugal levar uma carta para o rei relatando o ocorrido dos fatos. Onde na carta acusava os índios Caetés pela morte do bispo.
Um ano depois da chacina do bispo. A rainha Catarina da Áustria que estava assumindo à coroa portuguesa no lugar do marido pois o mesmo estava doente juntamente com a bula papal ordenou que extinguisse todos os índios da nação dos caetés. Então Duarte da Costa pediu ajuda a capitania de Pernambuco. Que na época estava sendo administrada por Dona Brites de Albuquerque, viúva de Duarte Coelho Pereira donatário da província de Pernambuco. O mesmo tinha viajado para Portugal para tratar de uma doença. Não suportando às infermidades veio a faleceu em 1554.
Como Dona Brites não tinha experiência e nem condição de admistra à província. Ela entregou o cargo para seu irmão Jerônimo de Albuquerque que passou à governar a província. Jerônimo de Albuquerque era um homem bruto, violento e sanguinário.
Assim que assumiu a província Jerônimo de Albuquerque começou a perseguir os índios chegado ao ponto de eliminar boa parte da nação dos caetés.
Os que escaparam fugiram por entre às matas e os demais foram escravizados.pelo homem branco.
De acordo com os novos estudos dos pesquisadores, quem matou o bispo não foi os índios e sim o governador da província da Bahia Duarte da Costa. Comedo de perder o cargo.
É bom também ressaltar! Que os índios caetés não eram canibais. Eles a pena comiam os miolos das cabeças dos inimigos derrotados em combate. Este ritual tornavam-lhe mais forte e mais sabido.
* Texto Escrito Por Ernande Bezerra de Moura
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