RESIDÊNCIA DO CORONEL FRANCISCO ROCHA SANTOS: UM MARCO HISTÓRICO DEMOLIDO
A RESIDÊNCIA DO CORONEL ROCHA SANTOS: UM MARCO HISTÓRICO DEMOLIDO
A casa do Coronel Francisco da Rocha Santos, ou Rochinha, em São Miguel dos Campos, transcendeu sua função residencial para se tornar um importante marco histórico, palco de um episódio singular da história regional: a exposição das cabeças de Lampião e seu bando após sua morte em 1938. Apesar de sua demolição, a memória do casarão permanece viva, graças a registros em livros como "São Miguel dos Campos - Fatos Históricos de Minha Terra", nas redes sociais e no Museu Histórico e Cultural Fernando Lopes.
O texto descreve a trajetória da residência após a morte do Coronel e de sua esposa, Dona Maria Júlia. A casa passou por diferentes proprietários: o Dr. Mário Borges, seu filho adotivo Dr. Alcides, e finalmente, o Sr. Ben-hur. A narrativa destaca a macabra exibição das onze cabeças dos cangaceiros, transportadas em latas de querosene com formol, inicialmente na frente da casa e posteriormente na escadaria da Igreja de Nossa Senhora do Ó, antes de seguirem para Maceió. Este evento, embora mórbido, reforça a importância da residência como testemunha de um momento crucial da história do cangaço em Alagoas.
A localização da casa, na rua que levava o nome do Coronel, próxima ao edifício do Sr. Zé Cavalcante e à descida para o mercado público, indica sua posição central na cidade. Sua demolição representa uma perda lamentável do patrimônio histórico local, mas a preservação da memória através de registros escritos e digitais assegura que a história da Residência do Coronel Rocha Santos continue a ser contada e lembrada. A narrativa ressalta a fragilidade da memória material, contrastando-a com a força da memória imaterial, que resiste à destruição física.
* Texto Escrito Por Ernande Bezerra de Moura
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