Versos na Pele
No silêncio da noite, entre livros e sombras,
Ela surgiu - corpo esguio, olhar cor de mel,
Pele de caramelo, doce tentação que assombra,
Como poesia viva escrita em papel.
Ele, o Lobo - máscara e mistério no olhar,
Corpo de estátua, força talhada em desejo,
Guardava na biblioteca seu mundo a guardar,
Mas se abriu quando ela leu além do lampejo.
Ambos amantes das palavras, das tramas,
Do toque sutil das ideias e da pele,
Escreveram juntos entre línguas e chamas,
Um capítulo escondido sob o céu de fivela e anele.
A mesa - altar de suspiros e vontades,
Ecoou os sons do chicote e do querer,
Ela, submissa de olhos cheios de verdades,
Ele, seu lobo, a ensinar como é viver.
Mas havia mais que desejo no gesto,
Mais que calor no enlace feroz -
Havia a admiração que cresce em silêncio,
Quando duas almas escrevem com a mesma voz.
±100 visualizações •
Comentários