“Silêncio na Tempestade”
Há dias em que a mente pesa,
não pelo mundo,
mas por existir nele.
Pensamentos andam em círculos,
como lobos famintos à porta -
e eu, cansado de ser porta.
O corpo está aqui,
mas a alma tropeça em ruídos invisíveis,
em listas de tarefas que ninguém escreveu,
em cobranças que só eu consigo ouvir.
Queria descansar num lugar
onde as ideias se calassem,
onde o tempo não me pedisse nada,
onde eu pudesse apenas… ser.
Mas até o silêncio grita.
E a paz, essa ilusão distante,
se esconde atrás de notificações,
sorrisos forçados e noites mal dormidas.
Se ao menos a mente tivesse um botão,
um fio a ser desligado,
eu o puxaria sem culpa
e dormiria em mim mesmo.
Só por hoje.
Só por um instante.
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