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Cantos da Chuva

No véu cinzento que dança no céu,
desce a chuva, bordando o papel.
Cada gota, um segredo sutil,
que desliza sereno, gentil.

Canta o telhado, ressoa no chão,
traz memória, saudade e canção.
Perfuma a terra, desperta a raiz,
faz do silêncio um som que me diz.

É lágrima doce do mundo a cair,
lavando tristezas, regando o porvir.
No compasso da água que vem e que vai,
o tempo se rende, o peito se faz paz.

E quando se vai, deixando o frescor,
a chuva é lembrança, saudade e amor.

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Cicero Domingos ESCRITO POR Cicero Domingos Escritor
Matriz de Camaragibe - AL

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