Pai de corpo e alma
É preciso, Pai-querido
que ressuscites a criança
que outrora te fez brincar
e que ora jaz latente e esquecida
adormecida em teu coração
Uma criança que ficou sufocada
que teimas em sepultar
sob o jugo da tirania
das tantas responsabilidades
que em ti avultaram
e as quais, involuntariamente
submetem-se os primogênitos inermes
Aquela criança roga salvação
a fim de que, ora como Pai
possa-nos compreender
quando nos faltar a razão
Amamos-te, Grande Pai
portador és tu de uma infindável
coleção de virtudes
e por que te amamos
desejamos que juntos e coesos
cresçamos
- aprendendo
e ensinando, mutuamente
coisas sérias e brincadeiras inocentes
Teu dia é o de sempre:
o sempre de todo “santo dia”
somos nós quem ganhamos o presente:
ter-te, Herói Nosso, sempre conosco
Queremos-te beijar,
abraçar-te, desejamos
afagar-te os cabelos
daquele jeitinho costumeiro
És, Pai-amado
o mais valente e intrépido guerreiro
nosso escudeiro fiel
nos contos, nos cantos
um Pai de corpo e alma
Simone Moura e Mendes
(Poesia do livro Eu mesma... nua)
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