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PRAÇA CORONEL MIGUEL CÉSAR TEIXEIRA, OU PRAÇA DO RELÓGIO, DE SÃO MIGUEL DOS CAMPOS: UMA TRAJETÓRIA HISTÓRICA

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A PRAÇA CORONEL MIGUEL CÉSAR TEIXEIRA, OU PRAÇA DO RELÓGIO, DE SÃO MIGUEL DOS CAMPOS: UMA TRAJETÓRIA HISTÓRICA

A Praça Coronel Miguel César Teixeira, popularmente conhecida como Praça do Relógio, possui uma rica história intrinsecamente ligada ao desenvolvimento de São Miguel dos Campos. Sua trajetória, marcada por transformações físicas e mudanças de nome, reflete a evolução urbana e social do município alagoano.

Inicialmente, sob o nome de Praça Joaquim Távora, durante a gestão de José de Medeiros Apratto (1947-1950), a praça situava-se próxima ao Mercado Público, na então Rua Cincinato Pinto (atual Rua Dr. Rômulo de Almeida). Descrita como um ponto de encontro social, com bancos de madeira e árvores, a praça era um espaço de convívio, especialmente para os jovens casais. A homenagem a Joaquim Távora, militar cearense de destaque em uma rebelião paulista, demonstra a importância dada à memória histórica, mesmo que distante geograficamente.

A reforma empreendida por Moacir Cavalcante de Albuquerque (1961-1964) mudou a fisionomia da praça, que passou a se chamar Praça Coronel Miguel César Teixeira, em homenagem a um ex-prefeito intendente (1926-1928). A instalação de postes com luminárias e novos bancos modernizou o espaço, contrastando com a ausência de energia elétrica na cidade até 1964, época em que geradores supriam a demanda.

A gestão de Humberto Maia Alves (1965-1969) trouxe a transformação mais radical. A demolição da praça e a construção de uma base com um relógio de quatro faces deram origem ao nome popular – Praça do Relógio – que se tornou um importante ponto de referência. Apesar das modificações, o nome oficial foi mantido.

A deterioração do relógio original e sua posterior substituição por um poste com luminária, e posteriormente por um relógio digital na gestão de Pedro Ricardo Alves Jatobá, demonstram a dinâmica da preservação e adaptação do espaço público às necessidades e recursos de cada época. A praça, porém, mantém sua centralidade na vida cultural miguelense, servindo de palco para eventos cívicos e culturais, perpetuando sua importância histórica para a cidade.

* Texto Escrito Por Ernande Bezerra de Moura

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Ernande Bezerra ESCRITO POR Ernande Bezerra Escritor
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