ROSA GENTIO DA COSTA: UMA HEROÍNA NEGRA DE ALAGOAS
ROSA GENTIO DA COSTA: UMA HEROÍNA NEGRA DE ALAGOAS
Rosa Gentio da Costa representa um importante símbolo da resistência negra na história de Alagoas, particularmente no contexto da Revolução Pernambucana de 1817. Nascida em São Miguel dos Campos, em terras do engenho do Coité, sua trajetória, apesar de escassamente documentada, revela uma figura complexa e corajosa. Embora escravizada, sua popularidade e carisma eram evidentes, a ponto de ter o apreço do próprio dono do engenho.
Sua amizade com Ana Lins e sua família, figuras centrais na revolução, a inseriu diretamente no conflito. Motivada pelo ideal de liberdade e pela separação de Alagoas de Pernambuco e do Brasil de Portugal, Rosa Gentio da Costa atuou como informante, transmitindo informações ao seu senhor. Apesar de inicialmente lutar ao lado dos portugueses, disfarçada de homem, sua verdadeira lealdade e objetivo revolucionário se revelaram.
A prisão e as torturas sofridas por Rosa Gentio da Costa, descritas com detalhes cruéis no texto, destacam sua resistência e sua recusa em trair seu senhor, mesmo em face de sofrimento extremo. Sua morte, portanto, a consagrou como heroína, não apenas pela sua participação na revolução, mas principalmente pela sua fidelidade e bravura frente à opressão.
A falta de registros detalhados sobre sua vida não diminui sua importância histórica. Rosa Gentio da Costa, comparada à Maria Quitéria, representa a luta e a resistência da mulher negra alagoana, um exemplo de heroísmo e perseverança que merece ser lembrado e estudado. Sua história, mesmo fragmentada, inspira a busca por mais informações e a valorização da contribuição dos negros na construção da história de Alagoas e do Brasil.
* Texto Escrito Por Ernande Bezerra de Moura
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