O ENGENHO QUE VIROU USINA
O ENGENHO QUE VIROU USINA
A trajetória do Engenho São Miguel/Sinimbu, de engenho colonial a Usina Caeté, ilustra a transformação econômica e social de Alagoas. Fundado após a doação de sesmarias, o engenho, inicialmente propriedade de Antônio Barbalho Feio e posteriormente de Marten Meyendersen, passou pelas mãos de Ana Lins Lourenço Bezerra da Rocha, tornando-se palco de importantes eventos históricos como a Revolução Pernambucana e a Confederação do Equador, consolidando sua imagem como "A Trincheira da República". A herança familiar, passando por Francisco Frederico e Epaminondas da Rocha Vieira (Barão de São Miguel), culminou na venda aos irmãos Teixeira.
A visão empreendedora dos irmãos Teixeira, em parceria com outros proprietários rurais, marcou um novo capítulo. A união em um modelo cooperativista resultou na construção de um engenho central, que, com a modernização tecnológica, se tornou a Companhia de Melhoramento do Vale do Rio São Miguel, e finalmente, em 1942, a Usina Caeté, pioneira no cooperativismo na indústria açucareira brasileira e sul-americana. Apesar do fim da cooperativa em 1958 e da venda para o grupo Carlos Lyra, o nome Caeté permanece, perpetuando a ligação com a história e a identidade local. A história do engenho, portanto, simboliza a evolução da produção açucareira, a transição do sistema colonial para o moderno, e a importância da cooperação na construção do desenvolvimento regional.
* Texto Escrito Por Ernande Bezerra de Moura
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