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Lembrança de uma infância no sertão pernambucano

Através desse texto, faço uma viagem de uma infância feliz, vivida no interior de Pernambucano.

Pernambuco das minhas lembranças, onde fui criança e recordações guardei com saudades acumuladas de um passado glorioso, com amigos ilustres, sempre presentes na minha vida e, por Deus protegido, abençoado por Nossa Senhora da Imaculada Conceição.

Lembranças estão no fundo da mente deste sertanejo, que guarda no seu coração momentos felizes. Este pernambucano, sempre presente na vida da sua gente, recita os seus versos cheio de amor, com o melhor sentimento de ternura e afeto dado por Deus, reverenciando sempre que pode a sua família.

Das mãos deste Deus, que é Pai, como um oleiro do barro, fui transformado em homem de carne e osso, trazendo comigo a alegria das histórias vividas às margens do velho Rio Ipojuca.

Do pé de serra raiz, tiro a minha inspiração para contar as emoções rabiscadas por meio de uma esferográfica, que busca palavras quilômetros adentro de estradas esburacadas, numa mente com limitações, na qual, ultrapassa as fronteiras mais distantes dos meus neurônios, e traz recordações prazerosas dos passageiros de uma história que vivi.

Nas calçadas da Rua Barbosa Lima, era mestre nos jogos de botões. No chão de espinhos e pedras, lançava-me como arqueiro no campo do Colégio Cardeal Arcoverde, quase sempre com defesas difíceis. Os arranhões eram marcas de prazer por poder exibir-me e ter o reconhecimento de ser bom naquilo que fazia de melhor.

Na bola de gude fui craque, desafiado por muitos amigos que searriscavam a perderem as poucas bolinhas que ainda tinham! Assim, era a nossa infância na minha querida Arcoverde, arquivado na minha memória. Guardo com alegria as artimanhas vivenciadas na "Rua Sérgio de Souza Padilha", que era o reduto para os encontros de final de tarde em que, as muitas conversas que surgiam entre os colegas reunidos no entardecer frio e nas noites congeladas do nosso sertão, caminhavam sempre bem animadas e, o melhor, sem a malícia de hoje, pois, não existia entre nós amigos, realmente, fiéis, de uma época que marcou e que deixou saudades.

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Marcelino Brito ESCRITO POR Marcelino Brito Escritores
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