A PRESENÇA DE ANA LINS NA CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR.

A PRESENÇA DE ANA LINS NA CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR EM 1824.

A Confederação do Equador foi uma revolta ocorrida inicialmente em Pernambuco no dia 29 de novembro de 1824. Entre republicano e constitucionista. E que alastrou-se por outras capitanias do Nordeste. Inclusive de Alagoas. Os revolucionários eram contra o autorismo do Príncipe Dom. Pedro I e defendia a instalação da República no Brasil. A confederação permaneceu até 02 de julho de 1824.
Ana Lins, seu marido Manuel Vieira Dantas e seus filhos, Manuel Duarte Ferreira Ferro e Francisco Frederico da Rocha Vieira aderiram à revolução. Ela saiu de cavalo engenho em engenho convencendo os coronéis a participarem da confederação. E ofereceu carta de alforria os escravos que lutasse ao seu favor.
Outra vez! O engenho Sinimbu voltou a ser a trincheira da república. Onde houve um grande tiroteio e Ana Lins juramento com seus aliados lutaram até o último tiro. Mas, infelizmente! Ana Lins foi detida e presa e levada para à cadeia da Cidade de Alagoas. Capital da província. Juntamente com seu filho João Lins que na época tinha quatorze anos de idade. Os demais fugiram por entra às matas e os carnavais. Já seu marido Manuel Vieira Dantas e seu Filho Francisco Frederico da Rocha Vieira foram levados para o Convento do Carmo no Recife e logo em seguida foram encarcerados na Fortaleza de Brum e condenados à pena de morte. Já Manuel Duarte Ferreira Ferro foi inocentado.
Ana Lins e seu filho João Lins foram soltos pela anistia. Já seu marido foi levado para a região do Rio Negro no Amazonas. Enquanto seu filho Francisco Frederico da Rocha Vieira permaneceu preso no Recife. Mas, Manuel Duarte Ferreira Ferro que era advogado. Conseguiu a libertação do pai e do irmão. Através de fiança. E o engenho Sinimbu voltou a funcionar.
Ana Lins foi imortalizada na história como a "Heroína de Alagoas" pelo seu ato de bravura e de dignidade em prol da liberdade do seu Estado (16 de setembro de 1817) e do seu País (07 de setembro de 1822). Ela faleceu em 1839.

* Texto Escrito Por Ernande Bezerra de Moura