Literatura(idade)
A trova ressonou
Neste segundo ecoou
Uma cantiga de amor cantou
Deuses mitológicos e sagas narrou.
Surge uma poesia que deflagrou
Paradoxo barroco promulgou
Cultismo e conceptismo registrou
Os sermões de padre Antônio Vieira contou.
Carpiem diem, fugere urbem e inutilia truncat iluminou
A poesia contida em Voltaire, Montesquieu, Russeau
A filosofia satírica e lírica libertou
E Bocage em rimas inspirou.
A poesia subjetiva revelou
Nacionalismo, egocentrismo. Verso liberou.
Ultrarromântica por Byron aprisionou
Álvares de Azevedo na Taverna morou.
A prosa realista naturalizou
As teorias cientificistas a lançou
A sociedade enfim notou
Eça de Queiroz com padre Amaro registrou.
A poesia simbolizou
Sua subjetividade a revolução negou
Com Arthur Rimbaud emocionou
E Charles Baudelaire a eternizou.
A poesia modernizou
A tradição recusou
A vanguarda denotou
E a toda arte valorizou.
A poesia petrificou
Num instante incorporou
Ali ao fundo estacionou
Há pouco tempo concretizou...
Oh meu Deus a poesia tem vida!
Como nos versos de João Cabral de Melo Neto.
Oh meu Deus a prosa nos transforma!
Como nas histórias de Guimarães Rosa.
Nestes tempos contemporâneos
Vejo a literatura renascer
Eu que sempre amei Drummond
Encontro novas vidas em você.
Seja nos versos de Ferreira Gullar
E no concretismo ou visual de Arnaldo Antunes
A literatura renasce e se eterniza em cada nascença
São tantas e lindas que não se dispensa!
1 mil visualizações •
Comentários