O meu prazer
Nesse momento a única coisa que tenho...
Uso-a, abuso dela!
Tomo-a emprestado sem pudor
Transfiguro, mudo suas formas de propósito
Invento apetrechos para enfeitá-la
E não me envergonho se não a conheço
Me farto mesmo assim
E depois, se for o caso,
Procuro saber da sua origem
Se vem da elite ou da ralé,
Pouco me importa!
Que importa mesmo é o efeito
Tem que ter química,
Fazer bonito, aprazer.
E ela cede ao charme do meu instrumento
Não se importa se no alvo ou no pardo deita
O objeto assenta o seu corpo intrépido
Que me dá contentamento
Faz-me por delírios levitar, gravar, criticar
Quando a adoto para mim,
Palavra, palavra!
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