O ENGENHO PRATA: UMA HISTÓRIA E TRADIÇÃO
O ENGENHO PRATA: UMA HISTÓRIA DE FAMÍLIA E TRADIÇÃO
O Engenho Prata, em Jequiá da Praia, Alagoas, possui uma rica história ligada à família Ferro e Palmeira. Inicialmente pertencente a Ana Lins, foi herdado por seu filho, Manuel Duarte Ferreira Ferro (o Barão de Jequiá), que o recebeu junto com outros engenhos. A casa grande, construída por volta de 1826, destaca-se pela arquitetura francesa, com amplos cômodos e um belo piso de mosaico. Além da casa grande, o engenho possuía moenda, casa de purgar, senzala e outros edifícios necessários à produção de açúcar e cachaça. O açúcar era transportado por barcaças pelo rio Sinimbu.
Manuel Duarte Ferreira Ferro e sua família residiram no Engenho Prata. Sua filha, Julieta Júlia, casou-se com Miguel Soares Palmeira (futuro Barão de Coruripe), e o engenho foi dado de presente ao casal. Miguel Soares Palmeira, um homem visionário, libertou seus escravos antes da Lei Áurea e criou um cemitério para sua família. Ele também fez um pacto familiar para que as terras do engenho nunca fossem vendidas.
Após sua morte, a administração passou para seu filho, Miguel Soares Palmeira Filho, ascendente do ex-governador de Alagoas, Guilherme Soares Palmeira. Com a modernização, o engenho deixou de funcionar, tornando-se uma fazenda. Atualmente, a casa grande é um importante ponto de encontro da família Palmeira e um símbolo histórico de Jequiá da Praia, preservando a memória de gerações e a história do açúcar em Alagoas.
* Texto Escrito Por Ernande Bezerra de Moura
Comentários